QUATRO LUAS
2006 - Assírio & Alvim
LÍRIOS
Que ar é este que respiro?,
perguntei à saída do bosque,
quando outubro já movia as suas sombras.
E então alguém murmurou a oração interdita,
abrindo, pouco a pouco, os lábios.
Era quase a morte.
Só o tigre permanecia, a olhar para cima,
para as altas clareiras de vidro.
Era o tempo das grandes casas fúnebres.
Era o tempo dos lírios...